sexta-feira, 15 de maio de 2015

Digo que sinto a ausência da sua palavra, você ri.
Você foge, quero ficar. Não aqui.

A zona é de desconforto.  

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Ressucitando Palavras


Memórias que se arrastam bem antes de 2006. Há quanto tempo eu não entrava no meu próprio espaço. Há quanto tempo eu não abria meus pontos. Durante muito tempo eu achei que podia usar as palavras de um jeito especial, que cabiam exatamente nos momentos certos que supostamente deveriam. Eu achava de uma maneira completamente pretensiosa que elas poderiam tocar as pessoas e poderiam me salvar de alguma forma. Quanta bobagem! 
Vejo nos textos antigos tanta coisa que nem reconheço mais. Quanta coisa que não me identifico, não recordo, não fazem sentido. Mas também me peguei revirando medos que eu preferia deixar esquecidos, em um canto onde ninguém tivesse acesso e pudesse me ameaçar, um passado que às vezes me parece muito recente. Tento esquecê-lo, perdê-lo propositalmente como se fosse possível, mas nada adianta. Não posso me esconder dentro daquilo que já fui. Aonde eu fui, eu estava.



quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

"Sem Ana, blues"

Nos encontramos. Era uma quinta-feira sem brilho, cinza e chuvosa. Vazia. Na noite anterior eu havia ido à uma peça de teatro onde Noel Rosa, o sambista do amor, me disse ao pé do ouvido: “amor é vício; tentei largar várias vezes”. Não existe ex-viciado, só adictos. Adictos de amor.
Eu estava tão feliz, tão emocionada por ver seus cabelos vermelhos e compridos de novo, que o ar chegava a me faltar fazendo um movimento eufórico e desordenado no diafragma. Como um mergulhador que tenta chegar à superfície para soltar todo o ar do seu peito. Era tanta saudade acumulada, tanta coisa para falar depois de tanto tempo sem um telefonema, um oi. Tanta coisa para dizer depois do não-adeus que houve. Ela mostrava um olhar melancólico, uma tristeza vaga que eu não imaginava que pudesse ver em outra pessoa que não eu. Aquela íris extensa e escura, antes cintilantes, agora estava opaca. E, como há muito, escondia seu sorriso.
Estávamos tão distantes – de corpo e alma – que parecíamos estranhas uma para outra. Como se fosse a primeira vez que nossos olhares se cruzavam. Mas não existia aquela vontade da descoberta dos que procuram decifrar gestos, pequenos detalhes nos primeiros encontros. Não tinha o querer do ver-o-novo. Não nos tocamos em momento algum. Muito pelo contrário. Encostar uma na outra podia significar uma perda de segurança inconcebível. Disfarçávamos toda nossa tensão com conversas aleatórias sobre o tempo, sobre o tédio da vida acadêmica, sobre planos para o Carnaval. Não houve em nenhum momento o “ a gente” o “nós”. Apenas aquele individualismo desagradável dos pronomes pessoais na 1ª pessoa do singular. Até tentamos quebrar o gelo arriscando algumas piadinhas futebolísticas. Ela é Galo e eu sou Cruzeiro.
Era hora dela ir embora. A hora que eu mais temia. Era tanta coisa para falar depois de tanto tempo... Nada foi dito. Meus olhos vermelhos, lacrimejantes olhavam para o nada para que ela não percebesse minha fraqueza. Segurei sua mão na última tentativa de senti-la tocando meu corpo. Ela afastou-se, pedindo para eu não chegar perto. Eu disse: calma, não vou te beijar, só quero um abraço. E nos abraçamos. Como um rio que deságua num precipício de pedras, ela se fundia em lágrimas, gritos, soluços. Se enlaçou no meu pescoço, me abraçou forte, arranhava minhas costas e repetia incessantemente: não me obriga a dizer não de outra forma. Não me obriga a dizer não de outra forma. Não me obriga a dizer não de outra forma. Soltei seus braços do meu pescoço vermelho, estrangulado. A deixei ir, ela partiu.
Foi a última vez que sonhei com Ana.
13/02/2009
"...demônios suficientemente adormecidos para não incomodar os outros. Proibido sentimentos, passear sentimentos, passear sentimentos desesperados de cabeça para baixo, proibido emoções cálidas, angústias fúteis, fantasias mórbidas e memórias inúteis."

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Fragile

I tried to use a piece of paper instead of knives. For a while it worked but it ain't doing what it should anymore. That's what happens when you blame yourself for all the sins in the world. I am the most dreadful generalization of discomfort... I'm the one who was left alone singing over the bones on the way, the poetry of all that is dead.
When you figure out there's no dream to chase after you fall apart. It doesn't mean you're not able to dream again though. I'm not as strong as you think. I'm not as smart as I say and it means sometimes I can't read between the lines. Sometimes your metaphors just don't make any sense. Or perhaps I'm too blind to see the written words and keep expecting the spoken ones.
A couple of nights ago I cried 'til feel sorry for myself 'cause I thought you weren't there. I don't know what 'being there' means to you. And I don't wanna think about what it means to me. I'm afraid to think what it means for me.
Take these matches and light your cigarettes. It's the only thing left.We're messed up for different reasons and I lost the capacity to talk but not the capacity to care and feel. I know our hearts haven't turned to stones. But I still don't know where your life hurts. Hope you can tell me...
"Some things I'll never know
And I had to let them go
Some things I'll never know
And I had to let them go
I'm sitting all alone feeling empty..."

domingo, 9 de março de 2008

Devaneios quase doentios...

A fumaça do meu cigarro se mistura com a fumaça que sai da minha respiração seca e ofegante enquanto olho incrédula estagnada pra esse céu sem estrelas cheio de nuvens densas carregadas que me deixam cada vez com mais vontade de sair correndo e pegar o próximo avião pra casa e me sentir confortavelmente perdida de novo mas com a sensação de que estou no lugar mais ou menos certo e que a hora certa vai chegar e eu não vou mais precisar perder noites de sono contar os dias no calendário minutos no relogio porque não vou mais precisar procurar o que todo mundo procura porque eu vou simplesmente sentir que já está dentro de mim intrínseco mágico intenso pulsante não mais dolorido. Feliz.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Falando sozinha...

Não te dizer tudo o que penso. Não te dizer que, na verdade, acho que você procura em outros beijos, outros corpos, outros toques, algo parecido comigo. Não te dizer o quanto você é insegura. Não te dizer que ter medo de ceder às tentativas (iguais as minhas) de conquista de outra pessoa, é mais infantil do que dizer que sente saudade ou o que você chama de arroubos sentimentais. Não te dizer que, tudo que você diz procurar, eu te ofereci... e você, da forma mais desaforada, cruel e insensível desprezou. Não te dizer que você tem medo de ser amada. Não te dizer que isso poderia ser uma possibilidade pra mim. Não te dizer que você me magoou demais. Não te dizer que você não consegue sentir orgulho das minhas conquistas porque, talvez, você não dê conta de admitir que eu pude mudar e você continua a mesma. Não te dizer que às vezes (ou sempre?) eu penso que você se satisfaz me tendo em suas mãos. Não te dizer que me sinto cada vez mais fraca, fraca, fraca. Não te dizer que não sei mais se consigo. Não te dizer nada disso talvez signifique que eu não queira.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

É agora...

Eu, que sempre fui criticada por pensar, me preocupar, às vezes até planejar o futuro, comecei a pensar em finitude e coisas do tipo. O amanhã está muito fora do meu alcance pra perder tantas horas, tantas noites de sono, pensando, pensando, pensando. Não sei sequer se estarei viva daqui há algumas horas. Então, como ouso a pensar na minha volta ao Brasil em junho? Como ouso a pensar em ter alguma coisa concreta e verdadeira com a Amanda? Como ouso em acreditar? Isso não pode estar certo.
E não me permito mais isso. Não me deixo mais levar por conversa mole, por desculpas esfarrapadas, por palavras disfarçadamente doces. Não me permito mais a sempre ceder briga após briga, ofensa após ofensa, humilhação após humilhação.
E eu podia, como de costume, dizer que isso tudo está doendo demais. Mas não. Porque me disseram que sentir dor e saudade é coisa de adolescente de 12 anos. Eu acreditei. Não sinto nada disso.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Não mais...

"Não vou morrer nem sequer me abalar
Nem sorrir nem ao menos vou chorar
Quando você não mais, não mais...
Não vou morrer, nem sequer me abalar
Nem sorrir, nem ao menos vou chorar
Mas acredite, meu coração ainda sabe fingir..."

domingo, 28 de outubro de 2007

"A plenitude irracional da vida ensinou-me a nunca descartar nada, mesmo quando vai contra todas as nossas teorias (que mesmo na melhor das hipóteses têm vida tão curta) ou quando não admite nenhuma explicação imediata."
Carl G. Jung

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Monólogo onírico...

- Alô?
- Não demoro, prometo. Serei breve, prometo. Não quero incomodar, desculpa. Só liguei pra dizer que eu sei tudo que você vai falar. Eu aprendi sabe, com esse tempo de convivência, sabe, a ler você. Não, eu não tenho bola de cristal, não leio mãos, não jogo búzios, mais ainda assim, sabe, posso dizer que sei o que você tem a me dizer.
- Anh...
- Por favor, não me chame de pretensiosa. Mas é que eu sei, sabe?! Mas acontece que não posso pôr as palavras na tua boca. Tua boca, ai. Eu queria mesmo é dizer que desde aquele dia nunca mais consegui ouvir aquela música que eu chamava de "nossa". É, eu chamava de nossa. Eu queria dizer que fico horas olhando pra foto do ingresso daquele show que fomos. Eu não disse, mas naquele dia, eu já sabia que estava presa à você.
- Aham...
- Não presa no sentido ruim. Mas presa. Eu disse que seria breve, desculpa. Eu liguei mesmo foi pra dizer que, sabe, sinto sua falta. Não. Não foi só pra isso. Eu tenho passado algumas noites em claro pensando na última vez que te vi. Se eu soubesse que seria a última eu tinha dito tanta coisa... Eu teria me despedido de tudo doce que vivi. Eu teria te beijado e te abraçado com mais vontade. Não que tenha me faltado vontade um dia. Mas você sabe, né?
- Sei.
- Eu liguei mesmo, desculpa, pra dizer que, sabe, que todo mundo comete erros. Mas poucas pessoas têm a sensibilidade e a nobreza de perdoar. Não, não me acho nobre. Nunca fiz um ato digno desses. Mas eu te perdôo. Te liguei mesmo pra dizer que espero até o dia que você quiser conversar, sabe. E que talvez sentemos em algum lugar e choremos juntas, como daquela vez, sabe? Não, acho que você não lembra.
- É...
- Liguei mesmo, só pra dizer que, sinceramente sabe, desculpa. Desculpo. Boa noite linda.
...
(Ao som de Chico Buarque - Sinal Fechado)
"- Olá como vai?
- Eu vou indo e você, tudo bem?
- Tudo bem, eu vou indo correndo pegar um lugar no futuro. E você?
- Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono tranquilo, quem sabe...
- Quanto tempo!
- Pois é, quanto tempo!"

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Grow up!

Não tenho a menor vergonha de dizer que ainda acredito no amor, na construção de um relacionamento baseado no respeito e principalmente na lealdade, que é bem diferente de fidelidade. Com 21 anos posso afirmar que já não sou mais nenhuma menininha inexperiente e o mínimo que eu esperava era ser tratada como uma mulher. Uma mulher que, sem hesitar, se entregou, se mostrou e, em troca, só recebeu uma atitude infantil, imatura. Atitude digna de desprezo inclusive. Mas não desprezo. Porque eu faria isso? Não posso culpar as pessoas pelos seus medos, suas inseguranças. Eu também tenho as minhas. Mas a verdade não me assusta. A verdade, pelo contrário só me prende mais, me instiga a querer algo a mais. Mais uma vez escorreguei. Mas dessa vez não cheguei a cair. Foi uma ligeira desequilibrada que, na verdade me fez crescer mais. Me fez me sentir orgulhosa da mulher que me torno todos os dias. Orgulhosa da minha capacidade de ser sincera comigo mesma e com os outros.
Dessa vez não chorei "por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe."
Eu cresci. E você?

domingo, 23 de setembro de 2007

Barrinhas verdes.

Finjo que não acredito quando diz que estou sexy com uma calça de ginástica e suada após uma partida de futebol. Finjo não reparar seu olhar voluptuoso quando sento-me - de saia - de pernas abertas em sua frente. Não creio quando dizes que te faço bem. E não creio, ainda, que alguém como você possa sentir alguma coisa bela em relação à mim. Mas sou contradição. Sou ambiguidade. Gosto de sofrer por antecipação. Sou masoquista. Finjo não me importar, só pra você dizer. Só pra notar alguma peculiaridade - aquela, que prende, fascina - numa pessoa como eu.


Aí, você, com as palavras que mais me encantaram desde o início me fala de seus filósofo
s. Aqueles do século XVIII, XIX... Aqueles que, quando você acaba de ler, te deixam lôbregos. Aqueles que você acha um tremendo filho da puta por terem, há séculos atrás, pensado uma coisa antes de você. Aí, chega o Schopenhauer e diz: "A consciência humana seria uma mera superfície, tendendo a encobrir, ao conferir causalidade a seus atos e ao próprio mundo, a irracionalidade inerente à vontade. Sendo deste modo compreendida, ela constitui, igualmente, a causa de todo sofrimento, uma vez que lança os entes em uma cadeia perpétua de aspirações sem fim, o que provoca a dor de permanecer algo que jamais consegue completar-se. Segundo tal concepção pessimista, o prazer consiste apenas na supressão momentânea da dor; esta é a única e verdadeira realidade."


É esse romantismo que me destrói. É esse romantismo que me deixa presa à você. É isso que me deixa cada dia mais apaixonada. Mas vou ser egoísta agora. Vou alí me matar um pouco. Mas eu volto.




domingo, 16 de setembro de 2007

Vadinho...

Não, não é raiva. É uma mistura de frustração e vergonha. Vergonha de ter tentado fazer alguma coisa que a pudesse animar enquanto ela, me apressava pra ir embora para chegada da outra pessoa. Vergonha por ter feito uma surpresa e só ter ouvido "não te chamei pra vir, você veio pra pressionar, de intrometida que é." Vergonha pelo gritos, pela fala falta de carinho... Frustração por não - pelo menos com essa atual auto-estima - poder "competir" com outra pessoa. Frustração por eu não fazer o bem que outra pessoa faz. Frustação porque outra pessoa conseguiu.


E quando pensa em aprontar, filha da puta vai e apronta antes...

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Onde?

Tudo isso é porque o ser humano não está preparado pra perder. E quando perde, logo dá um jeito de encontrar novamente. Mas quando não encontra, ou não pode mais encontrar (mesmo desejando muito), vem o luto. Esse sim é o grande filho da puta.

Um buraco foi aberto mas na fissura só passa ar. E esse ar preenche todo o vazio e faz voar pra longe, bem longe. Prum lugar onde coisas sem sentido como essa sejam permitidas.



"Torture me with all I've wanted..."

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Alice diz (22:36):
Ela falou: começa a racionalizar as coisas... e entra no mesmo ritmo do mundo... pras coisas ficarem harmônicas
Alice diz (22:36):
E desligamos
M. diz (22:36):
Ela também não lida bem com isso pelo jeito...
Alice diz (22:38):
Racionalizar significou: deixa de ser toda sentimento... deixa de gostar... deixa pra lá???
M. diz (22:39):
Ela quis dizer: Lide com isso racionalmente, senão o mundo te engole (Kant)
Alice diz (22:40):
Lidar racionalmente implica em largar toda a sentimentalidade (esqueci a palavra q queria usar.. rs)
M. diz (22:41):
basicamente é isso sim.
Alice diz (22:41):
Logo, implica em deixar o que eu sinto pra lá
M. diz (22:42):
Não sei se todas as coisas que vc sente, mas este episódio em especial.
M. diz (22:44):
É a maneira como as pessoas racionais lidam com essas coisas, eu bem entendo.
Alice diz (22:44):
I give up!
D. (Ocupadíssima!!) diz (22:45):
Quero que as pessoas racionais se fodam.
M. diz (22:45):
É a maneira dela te dizer Alice, que te perdoa...
D. (Ocupadíssima!!) diz (22:45):
Não servem pra mim.
M. diz (22:45):
Obrigada Dani, até porque é assim que eu lido com as coisas, mas tudo bem...
D. (Ocupadíssima!!) diz (22:46):
Não acho que você lide com as coisas assim não.
Alice diz (22:47):
E agora? O que eu faço?
Alice diz (22:47):
Ligo amanhã? Continuo mandando mensagens bonitinhas? Convido pra passar o fim de semana comigo? Jogo tudo pro alto? Tomo um porre (brincando)?
M. diz (22:48):
Lide de maneira carinhosa Alice. Ela é racional, vc não precisa necessariamente ser.
D. (Ocupadíssima!!) diz (22:49):
É, não seja. Nada pior!
Pra terminar meus delírios da madrugada - porque o assunto rende até agora - D. solta a frase do dia: Duro quando ser passional e intensa deixa de ser qualidade, né?! Sofro com isso e vejo que você também.

domingo, 26 de agosto de 2007

Aquela saudadezinha que chega sorrateira e se aloja e deixa o peito numa espécie de conforto palpitante. E essa saudade, que tento inutilmente subestimar com um sufixo no diminutivo, vai ter tornando cada dia mais inexprimível e inextirpável. Doer, não dói, mas dá aquela sensação aterrorizante de não saber até onde pode ir. Até porque, eu só sei depois que já fui. Um medo que chega leve, manso. Um medo natural e até saudável. Instinto de auto-preservação talvez. Mas não quero mais sentí-lo. Quero mesmo é abrir todas minhas portas e encontrar portas abertas pra mim. Quero mesmo é entrar. Sem bater.

terça-feira, 17 de julho de 2007

8 verdades

1 - Prefiro me manter bêbada o máximo possível do que enxergar que já tenho 21 anos e nenhuma responsabilidade comigo, com as coisas e talvez, com as pessoas...

2 - Eu abandonei pessoas importantes na minha vida pra elas não terem que me suportar.

3 - Eu sempre fui a menina freak na escola, mas nunca me importei de fato. Aliás, hoje me preocupo mais com a opinião alheia do que antes.

4 - Eu amo o curso que faço. Fazer Psicologia mexe positivamente com a gente. Descobri coisas fantásticas. Incentivaria qualquer pessoa a fazer.

5 - Mesmo eu amando meu curso e estando na metade dele, não sei se quero continuar. Por preguiça? Desânimo? Medo? Realmente ainda não sei.

6 - Tenho uma preguiça constante de pessoas... principalmente as comuns. Na maioria das vezes prefiro os bichos.

7 - Quero fugir. E o momento disso acontecer está próximo. Mas não é pra sempre... rs

8 - Manoel Carlos tem inveja da minha vida.

domingo, 1 de julho de 2007

Para você...

Essa sua presença assim, essencial-incômoda.
Seus olhos límpidos e misteriosos e ao mesmo tempo tão diretos.
Sorriso sempre aberto
Que desarma - e na sequência - arma.
Vai embora assim como aparece, de repente.
Os intervalos aumentam, e me atemorizam.
Não sei de ti, não tenho consciência do que se passa.
Bebi, fumei, ininterruptamente pensei em você .
Bagunço minha cabeça para tentar balançar a sua
E vou escrevendo essa carta...
Te peço para não responder.
Não responda
Apenas leia, engula tudo eu lhe disse e acene.
Verdades se esgarçando
Não, não faça isso.
Devaneios e delírios...
Contudo, há ainda espaço para toda a delicadeza e emoção dos atos sinceros?

domingo, 24 de dezembro de 2006

Férias!!!


Nada como uma viagem para terminar bem um ano e começar perfeitamente um outro. Que 2007 seja bom porque 2006 foi uó!!!
Machu Picchu aí vou eu!!!! Dia 22 de janeiro estou de volta com muitas histórias pra contar, com muitas imagens na cabeça e com as energias recarregadas pra recomeçar outro ano.

domingo, 17 de dezembro de 2006

Aos prantos

(Z) - Me fala pelo amor de Deus o que aconteceu pra você perder o gosto pela vida...
(Eu) - Não sei mãe, não sei.
(Z) - O que aconteceu pra você perder a humanidade?
(Eu) - Você não sabe o que tá dizendo.
(Z) - Como você se tornou essa pessoa sem anseios, amarga, fria?
(Eu pensando: quando me tiraram isso mãe. Quando roubaram o que eu tinha de melhor.)
(Z) - Minha filha, olha pra você. Você se tornou um monstro. Não consegue nem se olhar no espelho.
(Eu) - Anh?
(Z) - Olha seu tamanho, devia sentir vergonha.
(Eu) - Vai à merda mãe!
(Z) - Eu já estou na merda. Há vinte anos. Você saiu da minha barriga e levou tudo que eu tinha.
(Eu) - Você devia ter abortado então. Gravidez indesejada dá nisso.
SILÊNCIO

sábado, 9 de dezembro de 2006

Era tudo tão intensamente lindo, brilhante, surreal, dilacerante... tudo tão perfeito que eu não queria que acabasse tão rápido. Chorei, ri, lembrei, cantei, me emocionei. Deus estava na minha frente, bem diante dos meu olhos e eu, como uma fiel súdita, fiz o que podia, reverenciei.
Suspirando (ainda...)

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Está acordada. Eu sei.
High.

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Tanto

"Suspiro tanto quando penso em você, chorar só choro às vezes, e é tão freqüente. Caminho mais devagar, certo que na próxima esquina, quem sabe. Não tenho tido muito tempo ultimamente mas penso tanto em você que na hora de dormir vezenquando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha e repito repito em voz baixa te amo tanto..."

domingo, 19 de novembro de 2006

Can you feel it???

Será que todas as pessoas têm a capacidade de sentir uma música? Porque não é simplesmente escutar. É deixar as ondas entrarem e tomarem conta por completo. Deixar a melodia arrepiar, doer, inspirar, encantar. Deixar cada nota, cada verso, cada instrumento fazer daquele momento único.
Sentindo: Oasis - Little by Little...
"And all the time I just ask myself why are you really here..."

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

It Could Be Sweet

I don't want to hurt you
For no reason have I but fear
And I ain't guilty of the crimes you accuse me of
But I'm guilty of fear

I'm sorry to remind
You but I'm scared of what we're creating
This life ain't fair
You don't get something for nothing, turn now
Gotta try a little harder

It could be sweet
Like a long forgotten dream
And we don't need them to cast the fate we have
Love don't always shine thru

Cos I don't wanna lose
What we had last time your
leaving
This life ain't fair
You don't get something for nothing, turn now
Gotta try a little harder

It could be sweet.....

But the thoughts we try to deny
Take a toll upon our lives
We struggle on in depths of pride
Tangled up in single minds

Cos I don't wanna lose
What we had last time your
leaving
This life ain't fair
You don't get something for nothing, turn back
Gotta try a little harder

It could be sweet...

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Beatriz

"Sim, me leva para sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ah, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz."


Quero ela como sobrinha. Porque ela gosta de colorir. Porque ela fala "baleies". Porque ela fez um desenho pra mim. Porque um dia ela me chamou de tia. Porque ela é frenética. Ela é linda. Ah! E porque eu amo a tia dela. Ponto.

domingo, 12 de novembro de 2006

Fisionomia

não é mentira
é outra
a dor que dói
em mim
é um projeto
de passeio
em círculo
um malogro
do objeto
em foco
a intensidade
de luz
de tarde
no jardim
é outra
a dor que dói

Ana Cristina César

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

...

É de manhã e o vento traz lembranças. Lembranças machucadas de coisas vividas que me espantam. O futuro também espanta. Como será o próximo instante? Melancolia. Clarice, doce Clarice: "minhas desequilibradas palavras são o luxo do meu silêncio". Lentamente meus olhos se fecham. É minha tentativa de reaproximação da realidade. Já não posso mais manipulá-la com um copo de uma bebiba qualquer. Sobriedade. Lucidez. Lógica. Me canso, me perco, me firo. Me calo.

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Não tem preço!



Eu sou guerreira demais!!!!
Depois de ficar de 07:50 às 17:49 na fila, consegui comprar meu ingresso pro show mais esperado de todos os tempos!!!!
Sair com o ingresso na mão e ainda ver aproximadamente 3.000 pessoas na fila não tem preço! Agora é só esperar.

quarta-feira, 25 de outubro de 2006


f r a g m e n t o s
d e
m i m

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Hoje lembrei do quanto você odiava assistir a um jogo de futebol comigo. Ficava irritada com meus gritos, meu mau humor. Lembra o quanto te enchi o saco quando seu time caiu? Os jogos não tem mais graça. Aliás, estive pensando esses dias... não vejo graça nas coisas mais. Nas mais simples. A insatisfação realmente tomou conta de mim. The L Word por exemplo não é excitante mais. Mesmo assistindo quietinha debaixo do cobertor já não me toca. Já não me toco. Não tem mais sabor de beijo, de abraço.
Eu fiz esse blog não com a pretensão de escrever coisas bonitas. Fiz pra desengasgar. Eu já estava sufocada guardando esse tanto de coisas pra mim.
Nada mais por hoje.


Ausente

do Latim absente

que ou aquele que não está presente;
afastado;
retirado;
distante;
distraído;
desatento.